Uma operação da Receita Federal resultou na apreensão de uma carga de cocaína na manhã desta segunda-feira (4) no porto de Itapoá, localizado no Litoral Norte de Santa Catarina. Esta é a terceira apreensão de drogas registrada este ano no Complexo Portuário da Baía da Babitonga, reforçando o aumento da vigilância nos portos da região.
Detalhes da operação
A descoberta da droga foi feita após uma verificação de rotina em um contêiner refrigerado que estava destinado à China. Utilizando o scanner, os agentes da Receita notaram irregularidades na carga, o que os levou a inspecionar o equipamento mais de perto. Para confirmar a presença de entorpecentes, o cão farejador Dika, especializado em detecção de drogas, foi acionado e rapidamente indicou a presença de substâncias suspeitas.
No local, os agentes encontraram cerca de 20 kg de cocaína, distribuídos em 17 tabletes cuidadosamente ocultos na máquina evaporadora do contêiner refrigerado. A estratégia de esconder drogas em partes técnicas de contêineres refrigerados é uma das táticas que organizações criminosas utilizam para tentar enganar a fiscalização e exportar drogas para o exterior.
Contexto e ações de combate
Esta apreensão é parte de um esforço contínuo das autoridades para conter o tráfico de drogas por meio de portos catarinenses. Desde o início de 2024, mais de uma tonelada de cocaína já foi interceptada em operações realizadas em diversos portos do estado. Em comparação, durante o ano de 2023, as autoridades registraram um total de 1,9 tonelada de cocaína apreendida.
A Receita Federal, em conjunto com outras agências de segurança, tem intensificado o uso de tecnologia e o emprego de cães farejadores como Dika para ampliar a capacidade de detecção e prevenção do tráfico de drogas. A colaboração com forças de segurança locais e internacionais também tem sido essencial para combater essas redes criminosas que operam em portos brasileiros, com foco particular nos envios de carga para destinos internacionais de alto risco.
Preocupação crescente
O Complexo Portuário da Baía da Babitonga, que engloba importantes terminais portuários como os de Itapoá e São Francisco do Sul, tem se tornado um ponto estratégico tanto para o comércio legítimo quanto para ações ilegais de tráfico. A localização privilegiada e a capacidade de movimentação de grandes volumes de carga tornam os portos da região alvos para atividades criminosas.
O combate a esse tipo de crime exige a atuação constante de equipes especializadas, bem como a atualização e ampliação de recursos tecnológicos de monitoramento. Além disso, as autoridades alertam para a necessidade de parcerias internacionais para rastrear e desmantelar as redes de tráfico que operam entre continentes.
Conclusão
A apreensão desta segunda-feira é mais um exemplo do sucesso das operações integradas de segurança no litoral catarinense. O uso de scanners e cães treinados, como Dika, comprova a eficácia dessas ferramentas na luta contra o tráfico de drogas. As autoridades seguem comprometidas em reforçar as medidas de segurança para proteger os portos e impedir que drogas alcancem o mercado internacional, enviando uma mensagem clara de que o monitoramento nos portos brasileiros permanece atento e fortalecido.